O olival e o azeite são cada vez mais importantes na economia de Portugal e em especial de Trás-os-Montes, sendo um dos principais factores contra o despovoamento da nossa região.
Nestes últimos anos, tem-se verificado um aumento significativo no preço do azeite, sobretudo devido à escassez na produção de azeitona, provocada, em grande medida, pela falta de água decorrente de situações de seca, cada vez mais frequentes.
É amplamente reconhecido que o olival de sequeiro está a tornar-se cada vez menos rentável. Assim, a implementação de sistemas de rega, a aplicação de compostos refletores e outras medidas para mitigar os efeitos negativos do stress hídrico e das altas temperaturas têm vindo a melhorar significativamente a produtividade das explorações que adotaram estas medidas inovadoras. Saliente-se que o azeite produzido na região transmontana se destaca pelos seus atributos positivos, e que, quando extraído em boas condições nos lagares, tal lhe permite alcançar uma cotação superior aos azeites de outras regiões, comparativamente.
Por outro lado, o mercado mundial do azeite continua em constante crescimento, com a procura a superar a produção, o que se tem traduzido num aumento sustentado dos preços. Na atualidade, o azeite está a ganhar terreno em relação a outros óleos, como o de palma, soja ou girassol, devido aos benefícios que oferece para a saúde humana e à sua superior qualidade organolética. Como resultado, países com grandes populações, como a China, Japão e Estados Unidos da América, estão a registar um aumento significativo no consumo. Assim sendo, as novas plantações de olival têm um futuro promissor, sobretudo se adotarem o que de mais moderno existe como práticas culturais. De tal são exemplo em Trás-os-Montes os olivais da Sá Morais Castro Lda., quer no que diz respeito à adaptação dos velhos olivais de sequeiro às novas práticas culturais, quer na instalação dos novos olivais com o que de mais atual se pratica no mundo.